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Novas publicações toda Segunda as 18:00hs Roqueiro | Mofado

AHHHHHHHHHHH!!!


​Já cheguei a comentar que minha banda predileta alemã é o Accept, e o responsável por esta predileção foi o disco Restless and Wild, quarto da banda, lançado em 1982, que escutei no final dos anos 80 ou início dos 90, não sei precisar exatamente.

​A partir da experiência que tive ao ouvir o álbum, me tornei, imediatamente, um fã desta estupenda banda. Tendo sua formação clássica presente nesta bolacha: UdoDirkshneider nos vocais, Wolf Hoffmann e Jorg Fischer nas guitarras, Peter Baltes no baixo e Stefan Kaufmannnas baquetas.

​Considero a primeira faixa do disco, Fast as a Sharkum dos maiores impactos que tive ao ouvir uma banda de heavy metal em toda minha vida e vou explicar o porquê. A referida canção inicia bem baixinho com um trechomeio folk, meio música típica alemã, bem de “acampamento”, quando de repente... escuta-se o que parece ser o disco sendo arranhado (Pense num susto! Estava meio longe do som, dei uma carreira achando que tinha furado o disco ou mesmo que o mundo tava acabando!) e logo em seguida... um grito desesperador: AHHHHHHHHHHH! E aí inicia a música com riff de guitarra extraordinariamente pesado e rápido (speed metal para ninguém botar defeito), entra uma bateria pesada, rápida e pulsante, mas quando parecia não ficar melhor, engata-se o vocal esganiçado e marcante do Udo (me lembra um pouco Bon Scott, do ACDC), e depois o refrão que é acompanhado pelo backing vocal meio tímido, que posteriormente se tornaria maior e mais presente nos álbuns seguintes e virar marca registrada da banda; e por fim um solo melódico e veloz de arrepiar. Lembro do dia em que escutei esta canção no “três em um” gradiente que tínhamos na sala de casa, o impacto que esta música causou em mim foi instantâneo, diria que esta experiência permanece armazenada no meu cérebro até hoje. Não conheço nenhuma banda que possua uma música de abertura tão magnética.

​Na seqüência do disco, segue a faixa título, outramúsica de arrepiar com riff destacado e solos rápidos e consistentes; Ahead of the Pack, Shake Your Heads, muito boas; aí entra Neon Nights, daquelas épicas meio progressivas estilo Metal Heart e Balls to The Wall. Continua o álbum com as bem legais Get Ready, Demon’sNight e Flash Rockin’ Man, cujo riff é simplesmente idêntico a 2 Minutes to Midnight, do Iron, sendo que o Accept lançou primeiro...; e ainda Don’t go Stealing mySoul Away, delicioso hard rock bem ao estilo que só o Accept (Midnight Mover, Love Child, Livin for Tonight...)sabe fazer para enfileirar headbangers.

​Mas aí, para fechar com chave de ouro este clássico do metal, temos a maravilhosa, Princess of the Down, que inicia com um riff de guitarra magnífico e depois vem a bateria de batida marcante que se apresenta como prenúncio dos vocais guturais arrastados e bem encaixadosdeste excepcional vocalista, Udo. Realça ainda, no meu entender, o DNA da dupla de guitarristas: os solos ritmados, melódicos e a base sólida. De arrepiar!!! Melhor música do disco, e umas das melhores de todos os tempos da trupe alemã.

​A partir deste disco não parei mais de ouvir esta maravilhosa banda alemã, que é bom registrar que mesmo sem contar com o “insubstituível” Udo, tendo hoje nos vocais o competentíssimo Mark Tornillo (cujo timbre de voz se assemelha bastante), mantém a pegada dos anos 80 e até fazendo discos de inegável qualidade como Blood ofNation (2010), Stalingrad (2012), ou ainda o recentíssimoe bom Too mean to die (2021).

​Tive a oportunidade de assistir ao vivo os caras, no Monster of Rock, em São Paulo, no ano de 2015. Foi um dos melhores shows do evento e olhe que no festival tocaram Judas, Ozzy, Kiss e Manowar, só para ficar nas mais conhecidas. E você, conhece a banda? Se não, vale a pena muito conferir este excepcional disco de estúdio desta maravilhosa banda de heavy metal. Pena que dei spoiler...

UDO GODOY




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