
Nos idos dos anos 80, estava perambulando nas Lojas Americana da Praia da Avenida, afinal era a única que tinha na época, comendo um cachorro quente com um suco de uva de máquina – e aqui faço um registro nostálgico (coisa de roqueiro mofado que se estende para outras áreas) que sanduíche bom com força era aquele, não sei como retiraram aquela lanchonete de lá. O hot dog só tinha salsicha e um molho especial (ali estava o segredo...), mas era muito bom o danado.
Bem, logo em seguida fui conferir a parte de discos que a loja possuía, alias tem até hoje, mas não os vinis. Resolvi adquirir um do Rolling Stones – Undercover of the Night, de 1983. Após chegar em casa fui conferir para ver se a banda era realmente tudo aquilo que falavam e falam até hoje.
De cara achei muito ruim, apesar de a faixa título ter tocado bastante nas rádios, parecia um disco solo do Mick Jagger (aliás, posteriormente veio a se confirmar esse estilo mais pop dele – vide Just Another Night). E aqui cometo uma inconfidência, muito embora goste muito do estilo de Keith Richards, acho muito ruim o vocal do Mick e neste disco em especial estava difícil o negócio.
O disco era todo nessa pegada pop oitentista, só que não combina (na minha opinião) com uma banda como os Stones. Teve até outro hit – She was hot, mas não dava pra entrar na onda daquele arremedo de pop music. Perdoem-me os fãs dos Stones, mas esse disco não dá para engolir. Mick Jagger em estado puro e sem freio.
Dizem que a primeira impressão é a que fica, talvez este seja o motivo de até hoje não ser muito fã da banda (vigi...aguenta a porrada!).
Estando pisando em campo minado ao dizer o que disse sobre os Stones, quero fazer uma ressalva aqui, apesar de até hoje não ser um apreciador da banda (e olhe que já tentei),reconheço a importância dos caras para o rock e não discuto isso, mas não me entra, acho que é um misto desta primeira impressão, com o vocal do Mick, porém respeito demais a banda, só não curto muito.
Nunca mais voltei a ouvir aquele disco, diante de tamanha frustração, frustração esta que restou minorada, ante a oportunidade que me surgiu quase que do nada. Explico. Estava eu conversando com um amigo acerca de rock, conversa vai, conversa vem... o cara me diz que tinha um disco do qual não gostava e queria trocar por qualquer coisa do...Sim, Rolling Stones! Pensei... foram os deuses do rock que haviam me enviado aquele anjo. Mas quando a coisa parecia não poder melhorar, o disco que o camarada não gostou, foi um do ACDC – Flick of the Switch, de 83, também.
Contive o entusiasmo, afinal estava diante da possibilidade de me livrar daquela bomba e ficar com um excelente disco (há controvérsias da crítica e público) da minha banda predileta e que não possuía, apesar de estar disposto a realizar o ‘escambo’, mesmo já tendo o disco.
Mas ainda restava eu dizer qual disco iria oferecer ao cidadão, vai que ele já tinha o famigerado? Bem, entabulei uma fake news da época e disse: - Meu amigo, estou disposto a lhe oferecer o melhor e mais novo disco dos Rolling Stones!!
O cara, de pronto, aceitou e saiu muito satisfeito com a troca e eu também. Bom para os dois, como diria aquele famoso repórter e eterno candidato derrotado: “se está bom para ambas as partes...”
GODOY JAGGER
Eu concordo com o Autor. Não sou fã do Stones. Mas reconheço os méritos dos caras e da relevância para o Rock. Eu relato aqui uma experiência minha. Eu fui a dois shows do Stones. O Primeiro em 1995 na Turnê voodoo lounge la no Maraca. E o segundo no Wembley Stadium em 1998 na Bridges to Babylon tour. Nos dois shows eu me impressionei com a tecnologia e os efeitos áudio-visuais e pirotécnicos. Principalmente no Bridges to Babylon que tinha uma “Ilha” no meio da galera que era uma ponte retrátil acionada em determinado momento do show para que os caras tocassem lá junto ao público. Foi irado. Porém na semana seguinte ao show da Bridges to Babylon e…
Kkkkk respeite os Stones, rapá!
Gosto de Undecover of the night e Pretty beat up. Mas disco é ruim mesmo.
Alguém se lascou nessa troca.
Esse disco é ruim mesmo. Mas aproveito a ocasião pra dizer conheça o vasto trabalho dos Stones. A banda toca tudo, toca até música ruim kkkk.