Totalmente imerso na era do CD e já com alguns anos sem nenhum vinil engrossando as fileiras das prateleiras dos móveis de casa, graças a uma arrependida venda que fiz ao amigo Ênio, na época (início dos anos 90), proprietário de uma loja de discos no centro, mais precisamente na Galeria Barão de Penedo, pude conhecer em meados dos anos 90, por volta de 95 ou 96 esta fabulosa banda – OASIS.
Tive uma relação com o os anos 90 meio tardia, tendo em vista que a febre do grunge nunca me apeteceu muito, apesar do imenso apelo comercial do movimento, que o diga a saudosa MTV daqueles tempos. Para ser sincero sempre tive um certo ranço em razão deles terem precipitado o fim do Hard Rock, sobretudo em sua modalidade mais comercial, o Glam Metal.
Mas quando costumo me reportar aos anos 90, não tenho dúvidas o que mais ouvi durante o período, fora os clássicos das décadas anteriores (coisa de roqueiro mofado incorrigível), sempre foram: Oasis e Black Crowes (em breve escreverei sobre essa magnífica banda).
Adquiri o CD – (What’s The Story) Morning Glory?, mais ou menos na época do lançamento na loja CD Clube, localizada na Galeria Leonardo da Vinci, cujos os donos são conterrâneos da Viçosa veia de guerra: os irmãos Ivanzinho e Yêdo Vilela, gente da melhor estirpe e amantes do bom e velho rock´n’roll, principalmente Ivanzinho.
O disco me marcou muito e foi responsável pelo ingresso na legião de fãs da banda. Mesclando rock com melodia à la Beatles, passei a ouvir quase sem parar a banda inglesa da cidade de Manchester. O Cd possui inúmeros hits, como Wonderwall, Don´t Look Back in Anger e Champagne Supernova.
Some Might Say e Cast no Shadow, figuram também como marcos para mim, mas gosto do disco inteiro e considero o melhor da banda. A dupla de irmãos Noel e Liam Gallagher destilavam talento e pose para nenhum astro botar defeito, sobretudo Liam. As declarações polêmicas e a devoção aos Beatles geraram admiração e repúdio, ante a postura arrogante. Tinham até banda pseudo rival – Blur, como o quarteto de Liverpool e os Rolling Stones.
Mas vamos ao cd em si e as lembranças que permeiam minha mente acerca desse maravilhoso disco. Em primeiro lugar, escutei a exaustão num toca cd que tinha num gol que possuía à época. Abre com Hello já mostrando toda energia da banda e poder vocal de Liam; Roll With It – Mantém a pegada com a participação discreta do backing vocal de Noel; Wonderwall – essa dispensa apresentações e marcou uma geração e catapultou a banda ao estrelato, linda balada que faz jus a fama da banda de fazer poderosas melodias; Don´t Look Back in Anger – Traz Noel assumindo os vocais com maestria e talvez seja a mais bela canção do disco, realmente um acerto em cheio, nos remetendo a grande músicas do quarteto mais famoso de Liverpool, Sensacional!; Hey Now – Mostra toda capacidade da banda em mesclar peso e melodia na medida certa; Some Might Say e Cast no Shadow – Entram no panteão das típicas músicas da banda, conferindo uma espécie de marca registrada; She´s Electric – Parece ter sido escrita e cantada por Paul Maccartney – que bom!; Morning Glory – Ares épicos e pesados, mostrando que a trupe sabe fazer um excelente rock´n´roll; Champagne Supernova – apesar do título meio louco, a melodia é maravilhosa e mostra que Liam de fato é melhor cantor que Noel, assim como Noel é superior como compositor das canções, mostrando a todos como funcionava azeitada essa engrenagem da banda (pelo menos nas canções....). Uma das melhores músicas do álbum. Viva o Britpop!!
GODOY GALLAGHER
Qual a melhor música desse álbum?
Bonehead’s Bank Holiday
Don't Look Back in Anger
Champagne Supernova
Hey Now!
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